Informativo Eletrônico - Março de 2015
Estudantes de instituições de ensino do Rio de Janeiro poderão trabalhar na cobertura da Olimpíada
Cefet/RJ sediou III Congresso Nacional Linfe
Protótipo auxilia pessoas com deficiência motora
“Mafiosos” criam jogos para o ensino de Física
Estudantes de instituições de ensino do Rio de Janeiro poderão trabalhar na cobertura da Olimpíada
Alunos dos ensinos técnico e superior do estado do Rio de Janeiro têm a oportunidade de compor a equipe oficial de cobertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Programa de Capacitação em Transmissão Televisiva (BPT, do inglês Broadcast Training Programme), que formará profissionais para atuar na próxima Olimpíada, está com inscrições abertas até o preenchimento total das vagas. A capacitação será realizada no fim do ano, a partir de uma parceria entre a organização Olympic Broadcasting Services (OBS), responsável pela transmissão dos Jogos Olímpicos, o Cefet/RJ e mais quatro instituições de ensino superior da cidade do Rio de Janeiro.
O Centro Federal se integrará ao programa por meio da oferta de workshops de formação e da abertura dos treinamentos à participação dos alunos. O vice-diretor, Maurício Saldanha Motta, avalia a oportunidade como “uma forma de reconhecimento à atuação de excelência do Cefet/RJ na área de ensino tecnológico, que permite oferecer uma experiência de vida ímpar aos estudantes”.
No dia 27 de março, representantes da OBS estiveram no campus Maracanã do Cefet/RJ para apresentar as vantagens da participação no programa. Os interessados poderão escolher entre 12 funções relacionadas a áreas como engenharia, tecnologia, administração e suporte. A intenção é capacitar 2.500 alunos e contratar 1.250 para atuar oficialmente nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Informações detalhadas sobre cada uma das funções podem ser obtidas no site da OBS.
O consultor e colaborador do programa, Jim Owens, mencionou alguns atrativos para os estudantes. “Vocês terão a chance de trabalhar com os melhores profissionais de mídia do mundo. Além disso, o programa é uma oportunidade que vai muito além dos Jogos do Rio. Muitas pessoas que participaram da capacitação agora trabalham na indústria das Olimpíadas”, disse.
A presença do consultor no programa é um exemplo dessas possibilidades futuras. Owens participou da capacitação na década de 1980 e já trabalha na OBS há 14 Olimpíadas. Outro caso concreto é o do diretor de Recursos Humanos da organização, Juan Canadell, que também esteve presente na apresentação realizada no Maracanã.
O aluno do curso de Engenharia Mecânica do Cefet/RJ, Renato Malinska, considerou a palestra muito motivadora. Na avaliação do estudante, os representantes da OBS “conseguiram transmitir muito bem o que será a competição, como vai ser o trabalho e o que ele poderá agregar à nossa formação”. Malinska assegurou que se candidataria a uma das vagas, embora ainda não tivesse escolhido a função a exercer.
O estudante de Engenharia de Produção, Bernardo Menezes, já saiu da apresentação com algumas opções em mente. “Tenho interesse nas áreas de finanças e logística”, afirmou. Menezes já pensava em trabalhar na Olimpíada e considera que essa “será uma boa oportunidade de atuação”.
Você poderá participar se:
- tiver um bom desempenho acadêmico;
- se inscrever no programa e ainda não estiver inscrito como voluntário para a Rio 2016;
- tiver conhecimento intermediário de inglês;
- tiver mais de 18 anos.
Como posso me inscrever?
Acesse www.obs.tv/btp a partir de 30/03/2015 e envie o formulário de inscrição e o seu currículo.
Como funciona?
- Inscreva-se no programa
- Compareça aos workshops do BTP
- Faça uma entrevista com os especialistas em transmissão televisiva dasOlimpíadas
- Caso seja selecionado, trabalhe nos Jogos Olímpicos Rio 2016
- Aproveite a experiência!
Cefet/RJ sediou III Congresso Nacional Linfe
O campus Maracanã foi a sede do III Congresso Nacional de Línguas Estrangeiras para Fins Específicos (Linfe), realizado entre os dias 11 e 13 de março. O evento, organizado pelo Cefet/RJ em parceria com o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e o Grupo de Pesquisa Ensino-Aprendizagem de Línguas Instrumental (Gealin/PUC-SP), fomentou o debate sobre os novos paradigmas associados ao ensino de línguas estrangeiras aplicadas às necessidades de grupos específicos.
Para a coordenadora do Departamento de Línguas Estrangeiras do Centro Federal e organizadora local do evento, Glória Quelhas, a escolha da sede do congresso foi importante institucionalmente, pois “o Cefet/RJ aderiu ao ensino de línguas para fins específicos na década de 1980, quando foi criado, no Brasil, o Projeto Nacional Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras, focado na habilidade de leitura”.
Ao longo de três décadas, o projeto inicial se transformou em um programa com escopo ampliado. As novas abordagens passaram a incluir línguas como o Espanhol e o Francês e a contemplar demandas relacionadas às habilidades oral e escrita e ao uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs).
A líder do grupo de pesquisa Gealin, professora Rosinda de Castro, relaciona essas mudanças ao cenário globalizado. “A avaliação de necessidades realizada na década de 1980 revelou que o trabalho com a habilidade de leitura satisfazia as demandas existentes. Hoje, no entanto, a escrita e a fala também são necessárias para todos, desde o trabalhador da praia até o acadêmico”, explicou.
Segundo pesquisa realizada por Rosinda, o interesse acadêmico nos novos enfoques começou a crescer em meados da primeira década do século XXI, mas ainda predominam os estudos focados na habilidade de leitura. Nessa terceira edição do congresso, a professora notou uma forte presença de trabalhos relacionados ao uso das TDICs no ensino de línguas estrangeiras para fins específicos.
Clique aqui para ver os trabalhos apresentados no III Congresso Nacional Linfe.
Protótipo auxilia pessoas com deficiência motora
Motivados pelo objetivo de promover a acessibilidade de pessoas com deficiência motora, permitindo que elas se desloquem com independência, alunos do curso técnico de Automação Industrial do campus Maria da Graça desenvolveram um protótipo de cadeira de rodas acionado por comando de voz. O equipamento permite que os movimentos sejam realizados com mais rapidez, dispensando a necessidade de esforços físicos.
O protótipo foi construído a partir da acoplagem de uma mobilete a uma cadeira de rodas. Os dois equipamentos foram interligados por dispositivos eletroeletrônicos que interpretam a voz humana e convertem-na em movimento. Os dispositivos são acionados por meio dos comandos “para”, “frente” e “volta”, realizando deslocamentos para a frente e para trás, respectivamente.
De acordo com o aluno integrante da equipe, João Peixoto, nesse protótipo, os deslocamentos para a esquerda e a direita são realizados manualmente, por meio do guidom da mobilete. “Para automatizar esses movimentos, seriam necessários dois motores, mas nós usamos apenas um. Porém, já pensamos nessa possibilidade para futuros aperfeiçoamentos do projeto”, explica.
Quanto ao reconhecimento da voz humana, a aluna Raiane Souza esclarece que o objetivo é captar os comandos emitidos por apenas uma pessoa, proporcionando autonomia aos usuários de cadeiras de rodas. Por essa razão, a equipe optou por usar um equipamento capaz de gravar e identificar uma única voz.
O protótipo funciona de forma satisfatória em vários ambientes. De acordo com os integrantes do projeto, foram realizados testes em locais com níveis alto, médio e baixo de ruídos. Onde o ruído era baixo ou médio, a cadeira de rodas funcionou corretamente. Onde era alto, foram observados problemas no reconhecimento da voz, impedindo o acionamento dos motores. Melhorias desse aspecto também já estão nos planos dos alunos.
Além de João e Raiane, o estudante Vinicius do Nascimento também participou do desenvolvimento do protótipo. Todos os integrantes da equipe são do sexto período do curso de Automação Industrial do campus Maria da Graça e foram orientados pelos professores Carlos Eduardo Pantoja e Leandro Samyn.
Reconhecimento nacional
O protótipo desenvolvido pelos alunos acaba de obter reconhecimento nacional. A equipe recebeu menção honrosa no III Concurso de Trabalhos Técnicos em Informática, pela apresentação do artigo “Desenvolvimento de uma cadeira de rodas acionada por comando de voz”. O concurso fez parte do IV Computer on The Beach, evento realizado entre os dias 20 e 22 de março em Florianópolis.
Foco social
A cadeira de rodas acionada por comando de voz foi desenvolvida com o apoio do Projeto Turing, atividade de extensão criada em 2012 e que, atualmente, envolve os campi Nova Friburgo, Maria da Graça e Nova Iguaçu. As contribuições realizadas pelo projeto incluíram a capacitação dos alunos, o apoio técnico docente e o fornecimento de materiais de informática e eletrônica para o desenvolvimento do protótipo.
Entre as inovações criadas com o auxílio do projeto, destaca-se outra tecnologia desenvolvida com o propósito de facilitar a acessibilidade. Trata-se do Tecnoboné, dispositivo destinado a auxiliar pessoas com deficiência visual na identificação de obstáculos situados na altura da cabeça (Saiba um pouco mais sobre esse projeto).
Representante do projeto no campus Maria da Graça, o professor Carlos Eduardo Pantoja explica que há uma preocupação constante em imprimir um caráter social às pesquisas realizadas. “Sempre estimulamos os alunos a seguirem uma linha social, usando a tecnologia para auxiliar as pessoas com deficiência”, afirma.
“Mafiosos” criam jogos para o ensino de Física
“Ensinar Física não é fácil. Aprender é menos ainda”. A frase, de autoria do físico e escritor Marcelo Gleiser, certamente contaria com a concordância de muitos docentes e alunos, mas não dos participantes do projeto Muitas Atividades de Física Interativa e Aplicada (Máfia), desenvolvido no Cefet/RJ campus Nova Iguaçu. Os “mafiosos” se diferenciam por terem conseguido transformar o aprendizado de Física em uma atividade prazerosa, criando jogos didáticos.
O desafio de conceber métodos lúdicos para o ensino da disciplina foi encarado por alunos do Ensino Médio e Técnico sob supervisão docente. Os estudantes buscaram inspiração principalmente em brincadeiras já existentes, como o clássico jogo de tabuleiro e cartas denominado “Perfil”, que conjuga sorte e conhecimento.
“Adaptamos esse jogo justamente por causa de sua fama. Achamos que a aprendizagem poderia ser potencializada tendo como molde conceitual um jogo que já era familiar aos alunos”, explica o egresso do curso técnico de Enfermagem, Pedro Henrique Chagas, que participou do projeto.
“Perfil” serviu de modelo para a criação do jogo “Perfísica”, composto por um tabuleiro e quatro tipos de cartas: conceitos, fenômenos, leis da Física e físicos. Cada carta contém um nome relacionado a um desses tópicos e doze dicas a respeito.
Para jogar “Perfísica”, uma dupla deve retirar uma carta e informar a todos o seu tipo. Outra equipe deve escolher um número de um a doze. Quem está com a carta deve fornecer a informação correspondente ao número. Se a dupla que escolheu o número adivinhar o nome da carta, ganha a rodada; se não, passa a vez para a próxima equipe, que escolhe outra dica e assim sucessivamente.
“Perfísica” é um jogo que requer conhecimentos prévios e pode ser adequado ao nível do aluno a partir da retirada das cartas com conteúdos não ensinados. Para a aprendizagem de novos conteúdos, há outra opção: o jogo “Máfia League”.
Sem pré-requisitos, o “Máfia League” consiste em um “tabuleiro humano”, composto pelos personagens da história em quadrinhos Marvel. No jogo, os participantes têm a missão de libertar os heróis recorrendo a conteúdos da Física. “Por trás dos heróis e vilões tão famosos, a Física está muito presente. Mas, na maioria das vezes, não temos esse conhecimento. Entender o fenômeno é muito interessante”, afirma a aluna do curso técnico de Telecomunicações, Kellen Santana, também integrante do projeto.
Além de facilitar o aprendizado de quem brinca, os jogos consistiram em uma fonte de conhecimento também para quem os desenvolveu. A aluna do curso técnico de Enfermagem, Camila Lopes, conta que “a criação dos jogos exigiu um estudo prévio, representou um retorno a antigos temas da Física de que já havia me esquecido”. Especialmente em seu caso, tal revisão “foi muito importante, pois estava em ano de vestibular”.
De acordo com a professora de Física responsável pelo projeto Máfia, Marta Máximo, a intenção é adotar os jogos como estratégia didática em aulas regulares do campus Nova Iguaçu, adaptando o ensino da disciplina à realidade dos alunos. “Jogos de carta e de tabuleiro fazem parte do cotidiano dos alunos do campus. É comum vê-los jogando durante os intervalos de aulas e demais momentos de descanso e socialização”, observa.
Jogue pela Internet
Os 'mafiosos' acabam de disponibilizar pela Internet o acesso ao Mega Física, jogo didático que requer a formação de duplas. Um dos participantes terá direito à expressões relacionadas à física e deverá ajudar seu parceiro a descobri-las, fornecendo dicas de uma única palavra para a expressão. O jogador terá um minuto e trinta segundos para descobri-las.
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