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Informativo Eletrônico - Novembro / Dezembro de 2016

Publicado: Sexta, 13 de Janeiro de 2017, 16h48 | Última atualização em Segunda, 16 de Janeiro de 2017, 14h31 | Acessos: 10784
 
Nº 20 | NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2016
 

 



 

Programa de internacionalização possibilitará a obtenção de três diplomas em cinco anos

Acordo envolve o Cefet/RJ e o Instituto Politécnico de Bragança, de Portugal

 

O Cefet/RJ e o Instituto Politécnico de Bragança, de Portugal, firmaram um acordo de cooperação internacional que possibilitará a obtenção de três diplomas em cinco anos. Os estudantes que cumprirem todas as etapas previstas no programa receberão dois diplomas de nível superior, um da instituição brasileira e o outro da portuguesa, além do título de mestre expedido pelo Instituto Politécnico. O intercâmbio envolverá, inicialmente, o bacharelado em Engenharia Mecânica do Cefet/RJ e o curso de licenciatura em Engenharia Mecânica da instituição de Bragança.

O acordo de cooperação prevê duas etapas de mobilidade internacional para a emissão de todos os diplomas aos estudantes brasileiros. O aluno deve cursar os quatro primeiros períodos letivos do bacharelado em Engenharia Mecânica do Cefet/RJ. A primeira mobilidade para o Instituto Politécnico deve ocorrer no quinto e no sexto períodos. Em seguida, o estudante deve retornar ao Centro Federal e permanecer na instituição até o fim do oitavo período. No nono e no décimo, ele deve realizar o segundo intercâmbio.

A princípio, poderão participar do programa apenas os alunos do bacharelado em Engenharia Mecânica do campus Angra dos Reis. A assessora de Convênios e Relações Internacionais do Cefet/RJ, Ângela Lopes Norte, explica que o curso foi o primeiro a reunir os requisitos necessários para a implementação do acordo. “Mas a proposta é incluir não só os bacharelados em Engenharia Mecânica de outros campi, como também outros cursos da instituição”, esclarece.

 

 

Representantes do Cefet/RJ e do Instituto Politécnico de Bragança firmaram o primeiro acordo em Angra dos Reis, durante o II CIEEMAT

 

A formalização do acordo entre o Instituto Politécnico de Bragança e o campus Angra dos Reis ocorreu durante o II Congresso Ibero-Americano de Empreendedorismo, Energia, Meio Ambiente e Tecnologia (II CIEEMAT), realizado no mês de novembro, em Angra dos Reis. O diretor do campus, Tiago Siman Machado, afirma que o programa ajudará a alcançar objetivos específicos da gestão. “Temos uma meta ambiciosa: alcançar o índice de 20% de discentes com alguma vivência no exterior de, no mínimo, seis meses. A dupla titulação é uma das ações que visa atingir essa meta. Ela já é realidade para o bacharelado em Engenharia Mecânica e será também para todos os cursos do campus.”

 

Primeira etapa de mobilidade internacional

A primeira etapa de mobilidade internacional de estudantes do curso de Engenharia Mecânica do campus Angra dos Reis ocorre já no primeiro semestre de 2017. Um grupo de dez alunos, selecionados mediante edital, instala-se em Portugal no mês de fevereiro, para cursar o quinto e o sexto períodos no Instituto Politécnico de Bragança. Dois deles receberão bolsas de estudos do Cefet/RJ no valor de R$ 1.500.

Yasmim Aparecida de Oliveira Chaves será bolsista. A estudante já realizou um intercâmbio no Instituto Politécnico de Bragança, no primeiro semestre de 2016. “Conheço a instituição e sei o quanto ela pode agregar à minha formação. Os laboratórios são incríveis, as aulas são ótimas e extremamente práticas e os professores apoiam e acreditam muito nos alunos estrangeiros”, conta. Yasmim planeja seguir todas as etapas do programa. “Sempre quis fazer mestrado e acredito que essa seja uma oportunidade única.”

 

Yasmim e Glauco serão os primeiros bolsistas do programa

 

O estudante Glauco Tapijara Vallicelli Nobrega também foi selecionado como bolsista e pretende cumprir o programa na íntegra. Glauco fez intercâmbio de seis meses na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto no primeiro semestre de 2016 e, na ocasião, visitou o Instituto Politécnico de Bragança. “Tenho certeza de que essa nova experiência acrescentará muito à minha formação acadêmica, pois o instituto é referência em pesquisa”, afirma.

 

 

Curso de Ciência da Computação do campus Maracanã é reconhecido com conceito 4

Curso é importante elo da meta institucional de integração entre os ensinos técnico, superior e de pós-graduação

 

O bacharelado em Ciência da Computação do campus Maracanã obteve conceito 4 na avaliação de reconhecimento do curso realizada pelo Ministério da Educação (MEC). “É um resultado ótimo, visto que essa foi nossa primeira avaliação e o conceito máximo é 5”, pondera o atual coordenador do curso, Gustavo Paiva Guedes e Silva.

O docente enfatiza que o bacharelado atingiu a excelência em importantes variáveis. “Obtivemos nota 4.8 na dimensão Corpo Docente e Tutorial. Conseguimos a nota máxima, 5, em categorias como titulação e experiência no magistério superior do corpo docente e também em atuação do coordenador”, detalha.

O reconhecimento do MEC atesta a qualidade do curso superior e é condição necessária para a validade nacional de seu respectivo diploma. A avaliação inclui três dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e infraestrutura. Cada uma delas reúne diversas categorias de análise. O conceito final é obtido a partir da média das notas alcançadas nas três dimensões.

O bacharelado em Ciência da Computação iniciou as atividades no segundo semestre de 2012. À época, o campus Maracanã já contava com um curso superior na área, de tecnologia em Sistemas para Internet, mas o corpo docente visava novos projetos. “Planejávamos criar, a longo prazo, um curso de pós-graduação em nível de mestrado. Para isso, precisávamos também de um bacharelado”, explica o professor Eduardo Bezerra da Silva, que coordenou o ensino superior da área de Computação do campus no período de 2006 a 2015.

O projeto de criação do bacharelado e do curso de mestrado segue a diretriz institucional de verticalização do ensino, que consiste na integração do ensino médio/técnico com a graduação e a pós-graduação. O Departamento de Informática foi o primeiro da instituição a atingir plenamente a meta, com a criação do mestrado em Ciência da Computação com ênfase em Ciência de Dados, em 2016.

O coordenador do curso de mestrado, Eduardo Soares Ogasawara, ressalta que a grade curricular do bacharelado já foi estruturada com vistas a estimular nos alunos o interesse em continuar os estudos no nível de pós-graduação. “Temos um diferencial em relação a outras universidades: além da disciplina Metodologia Científica, comum aos cursos superiores da área, ofertamos Prática de Pesquisa Aplicada, que possibilita um convívio maior com a pesquisa. Ela tem possibilitado o desenvolvimento de projetos de final de curso de alta qualidade e elevados índices de publicação de trabalhos de graduação”, afirma.

A avaliação de reconhecimento do curso compõe o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Também fazem parte do sistema a Avaliação das Instituições de Educação Superior (AVALIES) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Os alunos do bacharelado em Ciência da Computação do campus Maracanã participarão do Enade em 2018.

 

 

Cefet/RJ obtém resultados inéditos em competições de Matemática

Instituição recebeu troféu e 85 medalhas na OBMEP 2016


Pela primeira vez, o Cefet/RJ conquistou o troféu de escola seletiva de ensino médio da XII Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2016). O prêmio é concedido anualmente à instituição com processo seletivo de admissão de alunos que obtém a maior pontuação na categoria da olimpíada em todo o país. A pontuação consiste no somatório das notas dos estudantes nas provas.

A instituição recebeu o troféu devido aos resultados do campus Maracanã. Em 2016, foram 2 medalhas de ouro, 6 de prata, 9 de bronze e 19 menções honrosas. “Foi o melhor resultado das doze edições da OBMEP”, afirma o professor de Matemática Haroldo Costa Silva Filho. O docente, que coordena o preparatório para olimpíadas de Matemática ofertado no campus desde 2015, considera que este foi decisivo para o resultado. “A cultura de participação nas olimpíadas foi criada. A maioria desses alunos participou do treinamento, em 2015 ou 2016.”

Wellington Hao Cheng Zhang, aluno do segundo ano do curso técnico em Edificações, participou do treinamento em 2015, quando foi premiado na OBMEP com menção honrosa. Em 2016, com uma rotina de estudos de duas horas todos os fins de semana, conquistou a medalha de ouro. “Esses prêmios me motivam ainda mais a estudar Matemática”, conta o estudante, que pretende se tornar engenheiro civil.

Confira a lista de todos os premiados.

 

OMERJ 2016

Os alunos do Cefet/RJ também se destacaram na Olimpíada de Matemática do Estado do Rio de Janeiro 2016 (OMERJ 2016), com a conquista de duas medalhas de prata, uma de bronze e duas menções honrosas no nível 3 da competição, destinado a estudantes do primeiro e do segundo anos do ensino médio. Devido às premiações, o Centro Federal foi agraciado com o certificado de mérito escolar.

Premiação da OMERJ 2016


“O resultado é espetacular, pois essa é uma das competições de Matemática mais difíceis do Brasil, disputada por escolas de excelência. Dos quarenta alunos premiados na categoria, cinco são do Cefet/RJ”, comemora o professor Haroldo.


Pablo Alves Pereira Muniz é aluno do primeiro ano do curso técnico em Edificações e conquistou medalha de bronze na OMERJ 2016. O estudante mantém um ritmo olímpico acelerado: participa de competições de Matemática desde 2011 e já conquistou 11 prêmios, incluindo uma medalha de bronze na OBMEP 2016.

Wellington também foi premiado na OMERJ 2016, com medalha de prata. O estudante possui um histórico de participações e premiações na olimpíada, acumulando quatro prêmios no total.

 

 

Projetos de pesquisa unem engenharia com o carnaval carioca

Pesquisas interdisciplinares unem conhecimentos da expertise das Engenharias com outras áreas de conhecimento para desenvolver projetos no âmbito da Economia Criativa


Engenharia e carnaval. Essa é uma mistura bem carioca que rende projetos de pesquisa de extrema importância acadêmica não só para alunos e professores do Cefet/RJ, mas, principalmente, para as escolas de samba e os blocos de enredo. A avaliação é do professor Júlio César Valente Ferreira, coordenador do curso de Engenharia Mecânica do campus Nova Iguaçu e líder do grupo de pesquisa Produção e Economia de Comunhão. “Para o Cefet/RJ, trazer essa temática – através da constituição de uma linha de pesquisa permanente e alimentada por projetos de pesquisa – é importante, pois permite que haja pesquisadores interessados em imbricar conhecimentos da expertise das engenharias e outras áreas de conhecimento, além do desenvolvimento de projetos no âmbito da economia criativa”, ressalta Ferreira.

O professor lembra que o potencial da economia criativa já é reconhecido no Rio de Janeiro e que “lançar o olhar acadêmico para o carnaval também auxilia o processo de valorização positiva da festa por parte da sociedade”. Além disso, ele destaca que iniciativas como a do Cefet/RJ podem propiciar a melhoria de gestão das atividades que envolvem o carnaval carioca, permitindo “avanços tecnológicos e de conteúdo, alavancagem de novos negócios e, consequentemente, ganhos sociais e econômicos”. 

Júlio Ferreira coordena, atualmente, dois projetos de pesquisa: Gestão da Produção dos Desfiles Carnavalescos e também Escolas de Samba, Blocos de Enredo e Sociedade. O primeiro projeto está voltado para os “aspectos relacionados à gestão da produção do desfile de carnaval”, explica Ferreira. Já o outro projeto pesquisa as redes estabelecidas entre os diversos grupos que atuam para a consecução dos desfiles, “considerando o fato de que essas associações atuam em uma determinada comunidade, onde também prestam serviços de resgate e preservação da identidade cultural, além de, atualmente, terem ampliado sua atuação, implementando projetos de educação e de assistência social”, esclarece o professor.

As escolas de samba e os blocos de enredo que desfilam na Avenida Graça Aranha, no centro da cidade, e na Estrada Intendente Magalhães, no bairro de Campinho, são o foco das pesquisas

 

Para Ferreira, ainda é cedo para avaliar os impactos dessas pesquisas nas agremiações carnavalescas, já que a linha de pesquisa na qual ele atua – denominada Indústria do Entretenimento: Engenharia, Arte e Convivência – foi montada no final de 2012, quando os primeiros projetos finais dos cursos de Engenharia de Produção e de Engenharia de Controle e Automação começaram a ser orientados. Em 2015, conforme relata, “a empreitada ganhou um fôlego maior” com a inserção dessa linha no grupo de pesquisa Produção e Economia de Comunhão, através de uma parceria com o Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). O professor do Cefet/RJ divide a liderança do grupo de pesquisa com a professora Heloísa Helena Gonçalves, da UNIRIO. Essa parceria também possibilitou a constituição de um fórum de debates sobre a temática – o Encontro de Engenharia no Entretenimento, no qual Ferreira atua como coordenador científico.

O foco das pesquisas são as escolas de samba e os blocos de enredo que desfilam na Avenida Graça Aranha, no centro da cidade, e na Estrada Intendente Magalhães, no bairro de Campinho. Em relação à recepção nas agremiações, Ferreira constata “uma grande aceitação de nossa presença e das propostas de pesquisa que apresentamos”. Além disso, para essas agremiações que não estão presentes na principal pista de desfiles da cidade – a Avenida Marquês de Sapucaí, mais conhecida como Sambódromo –, “ter a academia próxima representa um reconhecimento de sua importância”. No caso dos blocos de enredo, o professor do Cefet/RJ destaca que, apesar de estarem organizados em uma federação há mais de 50 anos e apresentarem “enorme contribuição para a configuração do carnaval carioca”, essas agremiações nunca foram objeto de estudo acadêmico.

“Um dado importante sobre a condução dessas pesquisas é o estabelecimento de uma parceria de longo prazo. Buscamos estabelecer um contato mais duradouro, o qual estrutura a construção de laços mais consistentes com as agremiações e entidades pesquisadas, permitindo dialogar sobre as demandas dos dois lados e vislumbrar possibilidades de pesquisa, frutos desta inserção perene”, analisa Ferreira.

 

 

Licenciaturas em Física de Petrópolis e Nova Friburgo comemoram resultados do Pibid

Programa está em vigor, nos dois campi, desde 2010


Em 2017, o Cefet/RJ alcança a marca de 400 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), criado pelo governo federal para estimular os estudantes de cursos de licenciatura a realizar estágio e, após formados, exercer o magistério no ensino básico de escolas da rede pública. O número é referente a oito anos de vigência do Pibid nos cursos de licenciatura em Física dos campi Petrópolis e Nova Friburgo.

O coordenador institucional do programa no Cefet/RJ, Glauco dos Santos Ferreira da Silva, afirma que a participação no Pibid já produziu muitos resultados positivos para os cursos. Entre eles, o docente destaca a nota máxima obtida pelas duas licenciaturas em seu primeiro Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). “Quase todos os alunos que realizaram o Enade foram bolsistas do programa. Embora esse não seja necessariamente o único fator que contribuiu para o resultado, considero que teve grande relevância.”

O programa também tem estimulado alunos do ensino médio das escolas públicas atendidas pelos bolsistas do Cefet/RJ a seguirem a carreira docente. “Há alunos dos nossos cursos de licenciatura em Física cujas escolas de origem são parceiras do Pibid”, afirma o coordenador. Além disso, bolsistas de iniciação à docência formados pelo Cefet/RJ passaram a atuar como supervisores do programa.

Ex-aluno do curso de licenciatura em Física do campus Nova Friburgo, Leandro Carlos Quima foi bolsista do programa de 2011 a 2014. Em agosto de 2016, retornou ao Pibid como professor supervisor de escola básica. “O Pibid foi fundamental para que eu conhecesse a realidade da sala de aula. Como supervisor, o programa é um incentivo à minha formação docente, pois tenho que me atualizar e mostrar aos novos bolsistas que a carreira ultrapassa a graduação e que necessitamos de novos conhecimentos e objetivos.”

O professor de Física Ricardo Monteiro, formado pelo campus Petrópolis, também teve a oportunidade de conhecer os dois lados do programa. “Fui bolsista de 2010 a 2014 e pude perceber, antes de me formar, os desafios que um professor da escola básica da rede pública enfrenta durante suas atividades.” Em 2015, o docente tornou-se supervisor voluntário e, em 2016, foi contemplado com a bolsa destinada ao cargo. A experiência trouxe novos desafios. “Além de estar focado no trabalho com meus alunos da escola básica, tenho que refletir a respeito da minha influência sobre os licenciandos que acompanham as aulas”, afirma.

De acordo com o coordenador do Pibid no Cefet/RJ, as bolsas de iniciação à docência também têm contribuído para aumentar a permanência nos cursos de licenciatura em Física. O percentual de bolsistas entre os alunos formados reflete essa realidade: em Petrópolis, o índice chega a 91% e, em Nova Friburgo, a 83%.

O Pibid foi lançado em 2007 com o propósito de incentivar a carreira do magistério, especialmente nas áreas da educação básica com maior carência de professores. No ensino médio, foram contempladas, inicialmente, as disciplinas de Física, Química, Biologia e Matemática. Em 2009, o programa foi estendido a todas as disciplinas da educação básica.

Saiba mais sobre o Pibid.

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Vice-Direção:
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