Informativo Eletrônico - Setembro de 2015
- Crescimento com qualidade é a meta da Diretoria de Ensino
- Docente do campus Nova Iguaçu é premiada pela Capes
- Cefet Jr. Consultoria conquista excelência em gestão
- Especialização na área de Ensino é a primeira do campus Valença
Crescimento com qualidade é a meta da Diretoria de Ensino
A diretora de ensino do Cefet/RJ, Gisele Vieira
Após participar, por quatro anos, da condução do processo de expansão que resultou na criação de 15 novas graduações, a Diretoria de Ensino (DIREN) terá como prioridade a tarefa de assegurar a qualidade desses cursos, com a conquista de bons conceitos nas avaliações realizadas pelo MEC. A afirmação é da diretora de ensino, Gisele Vieira, que ocupou o cargo no mandato passado (2011-2015) e teve seu nome confirmado para o atual, que se estende até 2019. Em entrevista concedida ao #CEFET_RJ, Gisele falou sobre os projetos e as perspectivas em relação aos principais instrumentos do MEC para a aferição da qualidade dos cursos, a avaliação externa e o Enade, bem como sobre a avaliação institucional.
Sua gestão será marcada por uma continuidade ou haverá um diferencial entre o primeiro e o segundo mandatos?
RECONHECIMENTO DE CURSO |
O reconhecimento de um curso de graduação é condição necessária para a validade nacional do respectivo diploma. A avaliação deve ser solicitada pela instituição de ensino quando o curso completa 50% de sua carga horária. |
No primeiro mandato, foram criados muitos cursos de graduação. Agora, precisamos trabalhar para que eles sejam reconhecidos pelo MEC. O momento é muito mais de consolidação. Pode haver a abertura de novos cursos, mas será algo pontual. É necessário crescer com qualidade.
Como o Cefet/RJ vai se preparar para essas avaliações?
No processo de reconhecimento pelo MEC, a DIREN vai ter uma atuação muito próxima aos campi de cada um dos cursos criados, para que os registros estejam organizados para a avaliação. Não basta ter um bom corpo docente, por exemplo, se não provarmos que ele é bom. Como provar isso? Com documentos sobre titulação, experiência profissional, participação em projetos de pesquisa, artigos publicados, com o currículo Lattes atualizado. É preciso criar uma cultura de organização de registros.
Qual é a meta da diretoria?
Vamos trabalhar para que os novos cursos alcancem a nota 4, que é um bom conceito, em uma escala que vai de 1 a 5. Com os cursos antigos que já obtiveram essa nota, vamos buscar o conceito 5, que é a excelência.
Qual o maior desafio para alcançar esses resultados?
ENADE |
O Enade afere o desempenho dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do curso de graduação e às habilidades e competências em sua formação. Portanto, o exame avalia os cursos de graduação por meio dos estudantes. |
Há três dimensões na avaliação externa dos cursos realizada pelo MEC: corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica. Estamos com um corpo docente bastante qualificado. Precisamos trabalhar a infraestrutura e a organização didático-pedagógica. Principalmente a organização, pois não podemos perder pontos em indicadores nos quais somos bons.
Esses são os aspectos relacionados à avaliação externa, mas os cursos também são avaliados por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
No caso do Enade, também há algum trabalho a ser realizado?
Precisamos sensibilizar os alunos, para que eles conheçam a prova e entendam sua importância. Esse trabalho deve ser feito junto com os coordenadores de curso, pois os professores também devem se questionar se seus alunos estão preparados para a avaliação.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL |
A avaliação das instituições de educação superior compreende duas etapas principais: a autoavaliação, coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), e a avaliação externa, realizada por especialistas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), segundo as diretrizes da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES).
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Com relação à avaliação institucional externa, quais são as expectativas?
A avaliação institucional será realizada em 2017. Ela é mais abrangente, ultrapassa o âmbito da DIREN. Na última avaliação, o Conceito da Instituição (CI) obtido pelo Cefet/RJ foi 3, em uma escala de 1 a 5.
O CI tem impacto fundamental no projeto de transformação do Cefet/RJ em universidade?
Há dois indicadores do MEC relacionados à instituição como um todo: o Conceito da Instituição (CI) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). Neste, nossa nota atual também é 3, em uma escala de 1 a 5. Estamos trabalhando para aumentar esses conceitos. Quanto mais altos, melhor para nossa transformação em universidade.
CONCEITO DE INSTITUIÇÃO (CI) |
Conceito obtido a partir da visita in loco de especialistas do MEC, com base no Instrumento de Avaliação Institucional Externa, que engloba dez dimensões, dispostas em cinco eixos. É calculado com base na média aritmética ponderada dos conceitos dos eixos, os quais são resultados da média aritmética simples dos seus indicadores. Varia de 1 a 5 e é utilizado para fins de credenciamento, recredenciamento e transformação da organização acadêmica.
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ÍNDICE GERAL DE CURSOS (IGC) |
O IGC é resultado da média ponderada dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da graduação no triênio de referência e dos Conceitos da Capes dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição. Varia em faixas de 1 a 5. O CPC de cada curso reúne variáveis que traduzem resultados da avaliação de desempenho de estudantes, infraestrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente. Também varia de 1 a 5 e é utilizado para renovação de reconhecimento. |
Docente do campus Nova Iguaçu é premiada pela Capes
Defesa da tese de doutorado da professora Marta Máximo |
A professora de Física do campus Nova Iguaçu Marta Máximo está entre os pesquisadores homenageados com Menção Honrosa pelo prêmio Capes de Tese 2015. A distinção é um reconhecimento à contribuição para a área de Ensino prestada pelo trabalho “Memória mediada na aprendizagem de Física: problematizando a afirmação ‘Não me lembro de nada das aulas do ano passado!’”. A tese foi defendida em 2014, pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências – modalidades Física, Química e Biologia –, da Universidade de São Paulo (USP), sob a orientação da professora Maria Lúcia Abib.
A tese problematiza a dificuldade dos estudantes em retomar os conhecimentos aprendidos na disciplina de Física, adotando como ponto de partida a frase “Não me lembro de nada das aulas do ano passado!”. “Ouvi isso em uma aula de Física do terceiro ano do ensino médio, em 2010, no campus Nova Iguaçu do Cefet/RJ. Foi da minha prática como professora da instituição que surgiu a pesquisa”, explica a docente.
O trabalho de Marta teve como objetivos identificar os conhecimentos do ano letivo anterior que foram retomados pelos alunos ecompreender os processos que levaram ou não a essas retomadas.Durante seis meses, a professora realizou práticas docentes e atividades investigativas com os estudantes, para abordar a temática da Física Térmica. Um ano depois, foram realizadas novas atividades com o grupo, diferentes das iniciais, que demandavam a retomada do conteúdo ensinado anteriormente.
Os registros coletados foram classificados em duas categorias analíticas, relacionadas com a memória mediada. A memória científico-afetiva, que diz respeito ao conteúdo retomado em estreita relação com o conhecimento científico-escolar ou influenciado por ele, e a memória afetivo-vivencial, que se refere ao conteúdo retomado sem uma relação explícita com o conhecimento científico-escolar.
“Um ano após as atividades iniciais, os estudantes retomaram, pela memória científico-afetiva, conhecimentos e habilidades relativas ao ensino por investigação e à metacognição. Entendemos que tais retomadas são indícios da aprendizagem dos temas de Física trabalhados nos processos de ensino. Atividades realizadas em aula, sentimentos e sensações foram retomados pela memória afetivo-vivencial”, relata. A docente observa ainda que as retomadas, por ambas as memórias, foram possibilitadas por elementos mediadores, que expressam como elas ocorreram.
“Uma implicação dos resultados para o ensino de Física é que o conhecimento dos elementos mediadores pode auxiliar o docente a elaborar seu ensino, afetando positivamente a aprendizagem dos estudantes. Além disso, a perspectiva de ensino do professor e o tipo de atividade de retomada influenciam diretamente a forma como os alunos retomam situações e conhecimentos com os quais tiveram contato anteriormente”, conclui Marta.
Cefet Jr. Consultoria conquista excelência em gestão
Equipe da Cefet Jr. Consultoria
A Cefet Jr. Consultoria conquista a excelência em gestão no Movimento Empresa Júnior, ao receber o reconhecimento máximo do Programa de Excelência em Gestão 2015 (PEG 2015). Apenas três empresas juniores do estado do Rio de Janeiro e 21 de todo o Brasil obtiveram a classificação, por meio de um processo de avaliação individual dos empreendimentos.O programa é promovido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) em parceria com a Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior).
O PEG avalia a gestão de um negócio baseado no Modelo de Excelência em Gestão (MEG), adotado como referência por organizações brasileiras de todos os portes. Os empreendimentos juniores podem participar do programa em três categorias, que expressam diferentes graus de maturidade: as réguas de 125 pontos, 250 e 500. A Cefet Jr. foi avaliada no nível mais elevado.
Troféu PEG 500 pontos, junto a outros prêmios recebidos pela Cefet Jr. Consultoria |
“O reconhecimento indica que estamos no caminho certo, estamos muito perto do modelo de excelência em gestão considerado ideal. Mais importante do que isso, ele permite identificar onde ainda podemos melhorar. A avaliação é acompanhada por um feedback de todos os aspectos que podem ser aperfeiçoados para chegar ao modelo ideal”, pondera o presidente da empresa júnior, João Paulo Braga.
De acordo com o presidente, a avaliação revelou que os pontos fortes da Cefet Jr. são cultura organizacional, liderança e foco no cliente. Entre os aspectos que precisam ser aperfeiçoados, encontram-se o planejamento por metas e a gestão do conhecimento. Braga enfatiza que não só a manutenção, mas também a melhoria das práticas e resultados são fundamentais em uma empresa com excelência em gestão. “O modelo prega que uma empresa de excelência cresce ano a ano”, afirma.
O Programa de Excelência em Gestão deste ano contou com a participação de 223 empresas juniores de todo o país. Somando as três categorias, 50 obtiveram o reconhecimento almejado. No estado do Rio de Janeiro, foram sete no total.
Especialização na área de Ensino é a primeira do campus Valença
Aula inaugural da Pós-Graduação em Temas e Perspectivas Contemporâneas em Educação e Ensino Foto: Daniel Sousa |
O campus Valença estreia no nível da pós-graduação com a especialização em Temas e Perspectivas Contemporâneas em Educação e Ensino. O curso é gratuito e visa problematizar conhecimentos cristalizados sobre as práticas educacionais, contribuindo para a elaboração de metodologias de ensino que proporcionem o diálogo entre o saber científico e o conhecimento espontâneo dos alunos. As aulas iniciaram no dia 1° de outubro.
A criação do curso se associa à política de desenvolvimento regional, como destaca o diretor do campus, Fabiano de Oliveira. “Esta é uma pós-graduação muito aplicada à cidade. Teremos um retorno muito imediato. Os professores vão formar conosco e voltar para as escolas. É uma política de fortalecimento regional, que está de acordo com a proposta do Cefet/RJ.”
Na avaliação do coordenador do curso, Patrício Sousa, a pós-graduação também permitirá um diálogo entre práticas educacionais realizadas em distintas esferas de ensino. “O corpo discente é proveniente não só de escolas municipais, estaduais e particulares, mas também de espaços educativos não escolares, caso de lideranças de movimentos sociais e organizações não governamentais. Isso permite um diálogo mais próximo entre essas diferentes composições educacionais”, avalia.
Sousa lembra ainda que a especialização cumpre um importante papel na interiorização do ensino. “Por ser um curso gratuito, oferecido por uma instituição pública federal, com um corpo docente altamente qualificado, a pós-graduação abre também a possibilidade para que a comunidade de Valença e região realize sua qualificação sem a necessidade de deslocamento para os grandes centros”, afirma o coordenador.
A pós-graduação lato sensu é considerada um marco para o campus. “Há dois anos, oferecíamos um único curso técnico. Agora, temos dois cursos técnicos integrados ao ensino médio, duas graduações e uma pós-graduação”, enfatiza Oliveira.
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